Pontes indestrutíveis

O Grãos de Areia, que acredita que blogs são uma ótima ferramenta da rede social, está a partir de agora disponibilizando o recurso Seguidores, que permite que outros usuários possam se unir a esse autor que vos escreve, para juntos melhor articularmos nossos conteúdos.
Não conseguindo viver isolado, o ser humano se reúne com outros, pois só em sociedade é que conseguimos nos desenvolver, alcançando a plenitude e satisfação de nossas necessidades. Costumo dizer que viver não nos basta, existimos apenas pela convivência. E se encararmos o ser humano como uma ilha, nossa meta passa então a ter que interligá-las.
Para os antigos romanos, as pontes eram de extrema importância, pois se deve em muito a elas e sua extensa rede de estradas, que eles conseguiram estabelecer sua superioridade militar. Permitindo que as legiões se movimentassem de forma rápida, eficiente e segura, ultrapassando barreiras naturais que outros povos ainda não conseguiam superar. Pois, por mais que as pontes já fossem conhecidas antes dos romanos, elas ainda eram pouco difundidas.
Foi a sua engenharia que permitiu que pontes de madeira fossem construídas de forma célere, para alcançar o inimigo ou chegar em povoamentos que se valiam de rios ou fossas – tática militar comum de defesa na época – para se impedir o acesso. Sem deixar de mencionar que, após constituído o domínio da área, as pontes e estradas serviam para ligar o novo território ao restante do império.
Seu uso era amplo, tanto que muitas cidades da Europa mediterrânea de hoje se derivam da existência de pontes romanas. Pois uma vez estabelecida a conexão, o povoamento era facilitado.
Desse modo, simbolizando esse elo, espero que desses pequenos grãos de areia que vocês, leitores, encontram por aqui, possam ser suficientes para se solidificarem e formarem blocos que sustentem uma ponte entre mim e vocês, e interligando ainda mais essa rede social que participamos e que eu os convido a fazer parte.

Vale lembrar que, dentre todas as construções romanas que perduram ao longo do tempo, estando em boas condições até a atualidade, a grande maioria são estradas e pontes. E não por coincidência, devido a sua simbologia de permitir a mudança e ocupação de espaços ainda não habitados, para os romanos, o nome de seu principal sacerdote era a designação daquele que constrói pontes, ou seja, o pontífice.

1918: Das trincheiras da guerra, um olhar para o século XX


No próximo dia 11 do mês de novembro comemora-se 90 anos da assinatura do armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O conflito foi o responsável por redesenhar as fronteiras da Europa e do Oriente Médio e por definir os rumos do século XX.
No início daqueles anos, uma onda de forte nacionalismo tomou conta da Europa. E foi ela uma das responsáveis por encaminhar o ritmo dos próximos anos. E quando, como exemplo, o tratado que pôs fim aos conflitos armados da primeira grande guerra foi assinado dentro de um vagão de trem na França, sendo a Alemanha forçada a aceitar a derrota e os termos da rendição, o sentimento de abalo desse sentimento fez surgir uma reação de rivalidade entre as nações.
Com o fim da guerra, o absolutismo monárquico pôde finalmente se encerrar. Mas não foi a garantia de governos mais democráticos, pelo contrário. Segui-se com a centralização do poder estatal com a ascensão de diversos governos totalitários, tanto de extrema direita, como os nazi-fascistas, quanto de extrema esquerda, como o comunismo soviético.
Foi a primeira guerra que impulsionou a indústria bélica, para o desenvolvimento de armas de maior potencial destrutivo, assim como o militarismo das nações. Com as notícias que chegavam das trincheiras cavadas para as batalhas, a sociedade passou a enxergar os horrores advindos com a guerra. Foram 19 milhões de mortos e outros tantos feridos, para no fim não se chegar a solução nenhuma.
Se o século XIX já havia terminado em clima de tensão, com as grandes potências em disputa por mercado consumidor e fontes energéticas e de matéria-prima para seus produtos industrializados, o século XX foi ainda mais conturbado.
Houve a falsa idéia de que o fim da primeira guerra, esta colocaria fim a toda e qualquer tentativa de guerra futura, pois os conflitos já estariam todos solucionados. Mas a primeira tentativa de se fazer um órgão que uniria todas as nações para buscar a paz entre os povos foi um fracasso. Não fomos bem-sucedidos em manter a paz por muito tempo...e ainda não aprendemos.

Este texto faz parte do Projeto G8

Ampliando horizontes

Os pequenos grãos de areia já lançados na blogosfera por este blog podem ser ainda em número diminuto, mas aos poucos vamos ganhando espaço. O autor deste blog agora também está em parceria com o Blogueiro Repórter, que produz conteúdo a partir de alguns colaboradores com bom conteúdo a expor. Por isso, é uma honra poder estar figurando entre a sua lista de co-autores.
Atualmente, os blogs, como veículo alternativo de informação e entretenimento, já influenciam a sociedade tanto quanto a grande mídia, conforme informa a coluna UOL Tecnologia.
Por tal razão, para tornar a informação levada até você leitor com maio qualidade, este blog estará se empenhando arduamente no trabalho. Desejo poder ajudar a tornar o espaço mais produtivo e atraente. Muito obrigado e confira lá o trabalho também desenvolvido.

Vale a pena acreditar

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o número de pessoas pobres – com renda igual ou inferior a meio salário mínimo – no Brasil reduziu de 35% para 24,1% no período de 2003 a 2008. Contudo, ainda é estimado em 11,3 milhões o número de pessoas que estejam abaixo da linha de pobreza. E segundo dados da ONU, no mundo são aproximadamente 400 milhões o número de indivíduos nessa situação.
Para contribuir para a erradicação da pobreza, muitos governos adotam medidas de assistencialismo financeiro, distribuindo uma renda extra a pessoas que se encontram nesse segmento social.
Mas tais medidas se mostram ineficientes. Pois acabam transformando esses indivíduos dependentes desse vínculo, sem se tornarem capazes de se emanciparem socialmente. É preciso criar mecanismos que sejam suficientes para permitirem que estes indivíduos não só saiam da margem da sociedade, como possam ser auto-sustentáveis.
Para haver uma verdadeira inclusão social são necessários planejamento e organização de políticas públicas e sociais capazes de identificar as raízes do subdesenvolvimento, para a partir daí investir na esfera que melhor propicie geração de renda através da economia solidária. Isto é, fazer movimentar renda sem exploração de outros indivíduos e do meio ambiente, e fortalecendo o grupo social a fim de possibilitar o bem estar de todos.
A efetivação dessas medidas deve ocorrer pelo cooperativismo nos três setores sociais, sendo o primeiro o Estado, o segundo o setor produtivo da iniciativa privada, e o terceiro setor a sociedade civil organizada. É dever de todos nós contribuir com essa causa, pois somente enxergando o bem-estar do outro é que conseguiremos estabelecer o nosso.
Leia mais em:
- CARE Brasil
- Ajuda atrapalha?
- Economia Solidária



Os Três Segredos da Sabedoria

A representação dos três macacos que adorna o pórtico de um templo em Nikko, no Japão, simboliza para a tradição budista o aforismo dos três segredos para a sabedoria. Oriunda da expressão em japonês ‘Mizaru, Kikazaru, Iawazaru’ que faz um trocadilho com a palavra saru (significando macaco) e zaru (ligado à negação) que possuem mesma fonologia. Em suma, se referem a “não ver o mal, não ouvir o mal, não falar o mal”.
Mas para a atualidade, pode muito bem ser útil para visualizar o infundado pragmatismo humano ou mesmo sua subverniencia. Exemplo maior que posso oferecer é o caso no qual ninguém vê a real conjuntura sócio-ambiental chinesa, não ouve os protestos da comunidade internacional e não comenta nada sobre o assunto.
Os EUA, paradoxalmente, se fazem de interventores mundiais para levar o que consideram ser um modelo de Estado mais justo e igualitário para as populações de outros países. Episódio que fundamentou a invasão iraquiana que, segundo motivos oficialmente divulgados, apresentava flagrantes desrespeitos a direitos humanos. Contudo, na mesma situação de desrespeito que se encontra a China, o governo norte-americano vela um profundo silêncio.
Mas seria injusto apenas acusar o supracitado país, pois muitos outros se encontram na mesma situação. Razão que se dá por ser hoje a República Chinesa uma das maiores parceiras comerciais de muitas nações e ser o seu desenvolvimento econômico que eleva a economia global.
Como canteiro de obras do mundo, a China sepulta junto à sua base milhares de vítimas da opressão estatal. Visualizamos essa atitude na construção da hidroelétrica Três Gargantas que, quando concluída, será a maior central de produção de energia elétrica do mundo. Para o crescimento da economia nacional o governo comunista chinês não se preocupa com os impactos ambientais, culturais (com a inundação de locais considerados patrimônios históricos ou naturais) e sociais (no descolamento de grande contingente que sobrevive dos recursos da região e que terão que ser remanejados).
No descaso com os valores já consagrados com imanentes aos seres humanos – como explicitado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, da Organização das Nações Unidas – a China prossegue seu caminhar, seguida pelo silêncio dos governos internacionais que, para proteger seus mercados nacionais, aceitam tais atitudes.
A figura dos três macacos sábios foi inspirada na crença de que se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal, formaríamos uma sociedade mais pacífica. Mas meu parecer me faz sugerir o contrário. O que necessitamos é não reproduzir o mal, mas ver, ouvir e denunciar tais atitudes é nosso dever. Se muitos permanecem calados, creio que há de ser a hora de alguém quebrar a corrente e iniciar os debates.

Continue lendo – Os grilhões que amordaçam uma Voz

1808: A Criação do Estado Brasileiro

Afugentados por Napoleão Bonaparte, a Família Real portuguesa desponta de Lisboa para o Rio de Janeiro, fazendo uma pequena parada em Salvador. A chegada no Brasil, em 1808, foi marcada com calorosas festividades e entusiasmadas saudações da população local, orgulhosa por receber e abrigar a nobreza lusitana.
A manobra política de D. João VI de desviar o controle político de seu reino sem ter que enfrentar as tropas napoleônicas garantiu sua permanência no poder e o controle de suas possessões.
Já com a presença pessoal do príncipe regente por aqui, a integridade territorial brasileira foi garantida, mesmo que para isso se fizesse o uso da força. Afinal, muitos movimentos separatistas eram violentamente reprimidos pelas tropas reais, que rapidamente se moviam por ordens de D. João.
De modo que, antes mesmo do processo de independência da metrópole, a composição e estruturação do Estado nacional brasileiro já haviam sido forjadas. O que fez com que os movimentos de independência posteriores se limitassem à luta pelo controle de um Estado já constituído.
Por não ter um histórico de movimentos revolucionários de emancipação bem sucedidos, o povo brasileiro ainda é incipiente, como já mencionei aqui antes, em estabelecer e defender seus direitos.
Estamos acostumados a receber pronto ao invés de ter que lutar para conseguir o que é nosso de direito. E por isso, muitas das vezes, aceitamos o que nos é dado tal qual como nos é oferecido, mesmo sendo possivelmente algo ‘precário’.
A formação do Estado brasileiro não foi instituída com participação popular, e se hoje possuímos uma arraigada estrutura hierárquica que não é contestada pela maioria dos cidadãos, devemos isso ao conservadorismo estabelecido pelas políticas logo aqui implantadas por um poder central unificador.
A emancipação política brasileira, movida por um segmento social dominante, nos levou a ser a primeira (e mais duradoura) monarquia na América. Se não estou enganado, apenas o México também teve outra experiência monárquica, mas muito breve.
Por ter chegado aqui primeiro, D. João estabeleceu, mesmo que involuntariamente, que tudo o mais no Brasil chegasse tardiamente.
Esse texto faz parte da série Projeto G8

Blog Action Day

Mais uma grande iniciativa toma conta da blogosfera: é o Blog Action Day. Mais um motivo para fazer a diferença.
O objetivo do evento é reunir em um dia do ano todos os blogs, para abordarem sobre um só conteúdo. Daí, tendo como diretriz o tema central, é só ajustar o seu enfoque ao do próprio blog. Na edição de 2007, a primeira do evento, o tema foi “Meio Ambiente”. E neste ano a temática é “Pobreza”.
Unindo novas tecnologias de mídia, a divulgação do evento pretende formar uma conscientização global sobre a temática. E tendo informação em quantidade e qualidade suficientes, é só partir para a ação, que é nosso alvo principal.
No dia 15 de Outubro, a data escolhida pelo evento, esperamos por todos vocês.
Site oficial (em inglês), (em português).
Blog Action Day. Uma questão. Um dia. Milhares de vozes.

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