2009 - Quando o Pouco se tornou Muito

Porque 2009 foi um bom ano...

O ano de 2009 tinha tudo para ser apenas o ano que estaria entre 2008 e 2010, no simples intervalo do desencadeamento uma crise econômica global e o desdobrar-se da corrida presidencial, respectivamente. Mas não, 2009 foi mais promissor que as expectativas.

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Por mais que contrariasse o pronunciamento do presidente, a crise chegou ao Brasil sim. Setores da economia amargaram quedas nos lucros, houve demissões e a renda do brasileiro caiu. No entanto, embora o crescimento do PIB deva ficar em torno de zero, a economia nacional retorna aos indicadores anteriores do período da crise, e para 2010 já está previsto crescimento de 5% anual.

O segundo semestre do ano, sobretudo, foi marcadamente em alta. Enquanto o sistema bancário norte-americano despencou, o brasileiro não sentiu os mesmos efeitos. Tanto corrobora o fato é que, ao passo em que o Lehman Brothers ia à falência em 2008, o Itaú e o Unibanco anunciavam sua fusão logo após, formando o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul, e os balanços trimestrais, não só bancários, como de outros setores durante 2009, só tenderam ao positivo e a Bovespa registrava marcas históricas de crescimento.

Os idos de 2009 Por mais suprficial que seja o olhar, ainda dá para o considerar como um ano satisfatório.

Os velhos conflitos internacionais perduram. A crise da Coreia do Norte, assim como a questão do Irã, permanece em aberto, na qual esses países, além de manterem regimes políticos fechados, persistem em levarem adiante projetos de melhoramento de urânio ou de armas de longo alcance – o que demonstra que, mesmo quando comemoramos os 20 anos da queda do Muro de Berlim, um marco do fim da Guerra Fria, a tensão que envolve as armas nucleares e uma provável corrida belicista ainda nos espreita de perto.

Mas podemos respirar um pouco aliviados, mesmo sem deixar de prestarmos vigilância, pois os mecanismos diplomáticos ainda nos são muito úteis. No golpe militar ocorrido em Honduras, a exemplo, tal como há o intento quanto ao Irã e Coreia, se buscou utilizar medidas conciliatórias entre os envolvidos para melhor se chegar a uma conclusão satisfatória a todos. A América Latina, como observado, já caminha a bons passos, pois mesmo nesses entraves como em Honduras, não foi intencionado pela comunidade internacional uma intervenção militar na área – o que não costuma ser uma medida aprazível.

Num olhar rápido, breves foram minhas considerações, mas já considero o suficiente para comemorar os bons frutos que 2009 rendeu. O ano foi decisivo para os delineamentos que esperamos para 2010. Agora é continuar trabalhando satisfatoriamente.

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